segunda-feira, 12 de julho de 2010

Espanha Campeã do Mundo


A Espanha é campeã do Mundo depois de vencer a Holanda por 1-0 após prolongamento com um golo de Iniesta. Holanda e Espanha protagonizaram uma final inédita de um Mundial e os espanhóis juntam assim ao título europeu de 2008 o título mundial de 2010. A Holanda não vinga o «futebol total», derrotado nas finais de 1974 e 1978, mas que ainda hoje a História aplaude. A Espanha é hoje a melhor Selecção do Mundo. Tal facto é confirmado por adversários, pela crítica, pelo mundo do Futebol.Depois de 10 vitórias no apuramento, 5 vitórias e 1 derrota na fase final cumpre-se um ciclo quase perfeito.

O jogo não foi espectacular. A partida não teve muitas ocasiões de perigo. Foi uma daquelas partidas em que houve expectativa de parte a parte, houve algum jogo duro holandês para tentar suster o jogo espanhol e acima de tudo bastante respeito de ambas as equipas.

A Espanha viu um adversário agressivo (mais agressivo que o «seu» normal) que não deixou os comandados de Del Bosque estar durante muito tempo a trocar a bola no meio campo «laranja», mas ao não deixar a Espanhar subir muito no terreno, a Holanda também não teve muito espaço para o seu temível contra ataque.

Maarten Stekelenburg foi no entanto obrigado a intervir desde cedo, com Sérgio Ramos, logo aos 5 minutos, a obrigar o guarda redes holandês a boa defesa.

A Holanda tentava responder, mas só aos 38 minutos esteve perto de marcar, quando Joris Mathijsen falhou o remate já muito perto da baliza, depois de um canto marcado do lado direito.

Na primeira parte a Espanha entrou melhor, onde deu sinais que iria impor o seu jogo. À passagem do minuto 15 a Holanda conseguiu anular o jogo espanhol, muitas vezes recorrendo às faltas, baixando o jogo de qualidade e aumentando o equilíbrio.

O segundo tempo começa com uma excelente oportunidade para a Espanha, com Capdevilla a falhar o desvio, depois de Carles Puyol ter desviado de cabeça um canto apontado da direita.

À passagem dos 60 minutos a grande oportunidade para a Holanda. Sneijder faz um passe sublime que isola Robben, com o avançado do Bayern a correr em direcção à baliza de Casillas, a rematar, mas com o guardião espanhol a fazer uma excelente defesa com o pé direito. Desespero na cara de Robben, Sergio Ramos congratula Casillas, e o golo não surgia na Final do Soccer City.

Esta oportunidade como que despertou a Espanha para os seus melhores 15 minutos no jogo, com a «roja» (hoje de azul) a chegar com mais perigo ao último terço de terreno e a obrigar Stekelenburg a um punhado de intervenções complicadas que impediram nomeadamente Villa de inaugurar o marcador.

Nos últimos 10 minutos de jogo o medo de perder superiorizou-se à vontade de ganhar e o prolongamento começou a desenhar-se. Os 30 minutos extras começaram com duas grandes oportunidades, uma para cada lado. Primeiro foi Fabregás a isolar-se, mas à imagem de Robben não foi capaz de «ultrapassar» Stekelenburg, para no lance seguinte Mathijsen cabecear por cima, depois de Iker Casillas não conseguir interceptar um pontapé de canto.

A 3 minutos do final, chega o golo decisivo. Iniesta recebe um passe de Fabregas e remata para o fundo das malhas. Explosão no banco de suplentes de Espanha, correria louca para um festejo colectivo junto à bandeirola de canto. O mundo consagrava a Espanha.

A Espanha consegue assim juntar ao título europeu conquistado em 2008 o título mundial, e consegue deixar ao mundo uma identidade do seu futebol, assente no passe e na posse, na progressão sustentada, num jogo de equipa acima do jogo individual e por isso com um reconhecimento global de todos os que acompanham o futebol.

Quebram-se também nesta prova vários mitos associados a Mundiais: pela primeira vez o campeão do mundo conquista o título após perder o primeiro jogo na prova (recorde-se que a Espanha iniciou a competição a perder com a Suíça), pela primeira vez uma equipa europeia ganha fora do seu continente, pela primeira vez o anfitrião (África do Sul) não passa a fase de grupos, pela primeira vez campeão e vice-campeão em título (Itália e França) abandonam em simultâneo a competição na fase de grupos

Por outro lado mantém-se o fatalismo holandês: Depois das derrotas em 1974 e 1978 na Final, a «laranja» volta a cair no jogo decisivo e não consegue vencer o Campeonato do Mundo.

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